a eternidade é feita de pássaros
que riem do vôo em falso
dos homens
planar além dos rochedos
é anoitecer
desinteressada perenidade
é não precisar de relógio
pra se descobrir presente
nem contemplar o passado
fez invisível do tempo
o que há de mais seguro
no alvará da incerteza
que levita?
o futuro tem asas
repete o poeta
timidamente
Antônio Mariano Lima
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUm dia podaram as asas
ResponderExcluirEsta manhã o pássaro não voou
culpa do homem?
Não sei ao certo
Pois o tempo não passa
E sem ele, não há como descobrir
Um dia dilaceraram as asas
Esta manhã o pássaro não alçou
Nem sequer respirou
Estancou no passado
Sacrificando o presente
E peregrinou a espera de um futuro
E hoje, o homem amargurado
Cheio de incertezas
Faz de sua vida um observatório
E espera captar,
Nem que isso custe-lhe a vida
O planar da esperança!
Que outrora viveu,
Mas não sabe como morreu
E sonha, que um dia ressuscitará!