sexta-feira, 22 de abril de 2011



Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas
escomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te
ôfrega
Como se fosses morrer colado à
minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do
amanhecer.

Hilda Hilst

domingo, 3 de abril de 2011

Saudade



Saudade quero ver pra crer
Saudade de te procurar
Na vida tudo pode acontecer
Partir e nunca mais voltar


Como um bom barco no mar
Eu vou, eu vou
Não tenho medo, é a verdade
E o que seucederá
Poderia perder - me nesta felicidade
Quando está comigo
A distância e o silêncio
São só um instante que já terminou


Saudade quero ver pra crer
Saudade de te procurar
Na vida tudo pode acontecer
Partir e nunca mais voltar


Como um bom barco no mar
Eu vou, eu vou

Otto